domingo, 27 de abril de 2008

segunda-feira, 21 de abril de 2008

The Beats!

Em meio ao espetáculo em torno do caso Isabella Nardoni, sobre quem matou ou deixou de matar, busca por motivos, revoltas, julgamento popular e exageros da mídia, sexta foi dia de THE BEATS em Santa Maria.

O show que estava marcado para julho passado e que por motivos de saúde de familiares, a banda acabou cancelando o evento, aconteceu nesta sexta no Hotel Itaimbé.
A banda é argentina, formada há 21 anos e consagrada por ser eleita a Melhor Banda Beatle do Mundo, na ‘Beatles Annual Convention’, de Liverpool, Inglaterra.
Foram bastante elogiados por produtores discográficos, e empresários dos Beatles.
O grupo já se apresentou no L.I.P.A, o auditório de Paul McCartney, e no palco principal do relançamento mundial do Yellow Submarine. E ainda conquistou uma grande proeza: gravar no mítico e original estúdio Nº 2 de Abbey Road, E.M.I. de Londres em 2000 – o estúdio onde os Beatles gravaram todas as suas canções.

Histórico” é o nome desta tour de 2008 onde a banda apresenta uma arte cênica e vocal dividida em nove blocos cronológicos, que mostram a trajetória musical e histórica da carreira dos Beatles. Acontece a troca de instrumentos e de roupas, de acordo com a época correspondente, entre os anos de 1962 e 1970 e momentos históricos mostrados em telões. O The Beats utiliza a única coleção completa de instrumentos musicais e amplificadores existente no mundo usada pelos garotos de Liverpool.
Segundo o Jornal Liverpool Echo, “Você fecha os olhos e imagina ouvir ao vivo os Beatles. Mas para sua surpresa, quando abre os olhos você realmente pensa que está vendo-os, tamanha é a originalidade das artes cênicas e musicais desta talentosa banda Argentina.”
E é verdade.
O tempo de 2 horas foi curto e muitos grandes sucessos deixaram de ser tocados. Mas o salão lotado, com pessoas levantando, cantando e vibrando não deixou dúvida quanto a qualidade do grupo.
Um daqueles eventos em que se vai literalmente correndo ao banheiro, para não perder nada do show e que a cerveja pode esperar até o intervalo.
Uma bela e recomendável oportunidade de sentir-se (quase) frente aos Beatles.


Mas garanto que, não nos corredores de saída, quando todos comentavam sobre o show, mas nas filas de entrada havia grupos que discutiam o futuro do Brasil baseado na menina Isabella. “Mas o que vai acontecer?”, “Oh, meu Deus, como tudo está perdido!”
Coisas de povo com mania de justiceiro.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Boas opções

Em um final de semana digno de quem gosta de cinema, sortuda em sugestões, escolhas e companhias, não posso deixar de, mais uma vez, falar de filmes.
Está certo, acho mesmo que é uma das minhas maiores paixões, ou talvez só seja sobre o que mais goste de escrever. Enfim...

A Hora de Voltar (Garden State, 2004):
Sem nunca ter ouvido falar do filme, me surpreendi. Uma comédia dramática americana, que retrata um ator fracassado de Los Angeles, obrigado a voltar à sua cidade em New Jersey, parece, em um primeiro momento, não empolgar muito. A maneira alternativa com que a produção é feita, brincando com cores e simetria das cenas começa a mudar a história. Personagens divertidos, inteligentes e excêntricos ajudam. O protagonista Largeman (Zach Braff, que aliás também é diretor e roteirista do filme) é repleto de facetas e ganha um brilho especial quando acompanhado da espoleta Sam (Natalie Portman). Os caráter dramático é auxiliado por uma bela e diferente trilha sonora. É uma boa sugestão, cujo estilo me lembrou Juno, vencedor do Oscar de Roteiro Original deste ano.

Fale com ela (Hable con Ella, 2002):
Um pouco atrasada, eu sei. Mas ainda não tinha assistido a uma das mais aclamadas obras de Pedro Almodóvar. Por (vários) comentários, esperava um grande filme. E realmente é. Segue a linha dramática do cineasta, com confusões do dia-a-dia, problemas sociais e temáticas polêmicas. Atores enfáticos e história pesada, acompanhada por uma trilha contendo Caetano Veloso. Sem maiores comentários, é para quem gosta do gênero e estilo de Almodóvar.

P.S.: Eu Te Amo ( P.S.: I Love You, 2007):
Com a reabertura (até que enfim!) de algumas salas de cinema de Santa Maria, fui assistir a P.S.: Eu te Amo. Já tinha ouvido falar. Sabia mais ou menos como era, mas foi surpreendente também. Uma comédia romântica que foge dos clichês. Alterna o romance dramático com a comédia muito rapidamente. É gostosa de se ver. Hilary Swank está ótima como a viúva Holly, bem como Gerard Butler (de 300) que vive o charmoso Gerry. Dá pra chorar, mas também dar muitas gargalhadas. Uma história diferente, delicada, com grandes protagonistas. Vale a pena assistir.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Tributo aos Mutantes

Na quinta passada, saí de casa para programas culturais.

Fui empolgada até o Theatro Treze de Maio para ver “Sonhos de uma noite de verão”. A fila se espalhava pela praça Saldanha Marinho e o meu lugar nela era longe, bem longe das portas do teatro. Alguns minutos e poucos passos depois a porta se fechou e eu fiquei de fora. Eu e mais uns quantos. Tudo bem, no outro dia os comentários foram que da obra de Shakespeare, a peça não tinha muito.

Mais tarde, e aí um programa de sucesso, fui ao Zeppelin, onde tocou a Banda Jardim Elétrico. Não sou fã assídua, mas gosto bastante de Mutantes, e a banda encarregada do tributo convenceu, era realmente boa.

Então achei válida algumas informações sobre Os Mutantes e sobre a Jardim Elétrico.

Os Mutantes

Banda formada no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais). Foram um dos grupos mais dinâmicos, talentosos e radicais da era psicodélica. Um trio de experimentalistas musicais. Foram do tropicalismo ao rock progressivo.

Em 1970 gravaram um disco em uma passagem pela França (Tecnicolor), que só foi lançado em 1999, já com Ronaldo Leme, Dinho, na bateria.
Em 1972 é lançado o disco que contém o maior sucesso da banda, “Balada de Louco”.

Ainda em 1972, Rita Lee foi convidada a gravar um disco solo. Assim saiu “Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida”, que na verdade teve a participação de todos os integrantes da banda,tanto na gravação quanto na composição, porém foi creditado à ela. Em seguida, junto a outros contratempos, Rita sai da banda e segue carreira solo.

Os Mutantes começam a decair por problemas com gravadores, que viam os álbuns sem Rita não emplacaram e por problemas pessoais, sobretudo de Arnaldo Baptista, que depressivo, maniático e com comportamentos patológicos deixa a banda em 1973.

Em 1978, após constantes trocas de membros e brigas internas, Sérgio decide terminar com o grupo.

Em 2006, Os Mutantes são convidados pelo centro cultural londrino Barbican a se apresentarem em uma exposição dedicada à Tropicália. Rita não aceita. Arnaldo, Sérgio e Dinho (que não tocava profissionalmente há cerca de 30 anos) aceitam e formam a banda com os músicos da banda de Sérgio e a convidada Zélia Duncan nas partes vocais que seriam de Rita.

Em setembro de 2007, Zélia Duncan e Arnaldo Baptista anunciaram a saída dos Mutantes. Zélia alegou que queria se dedicar mais a sua carreira solo. Arnaldo quer escrever sua autobiografia e lançar seu livro de ficção: Rebelde Entre os Rebeldes, tem projetos de lançar dois álbuns da Patrulha do Espaço, sua banda pós-Mutantes. Sérgio Dias ao lado de Dinho Leme garantiu que a banda vai continuar e gravar um disco de inéditas.

Ao todo a banda lançou 10 álbuns e mais algumas compilações e compactos.

Banda Jardim Elétrico

A banda Jardim Elétrico surgiu com a idéia de fazer tributo a uma das maiores bandas brasileiras, Os Mutantes, levando por isso o nome do quarto disco da banda.
Formada há quase um ano a banda santa-mariense conta com André "Melão" nos teclados, Guilherme Wallau na guitarra e voz, Juliana Polaca como Rita Lee, Matias Rempel no baixo e Rafael Berlezi "Révi" na bateria.
A banda pretende futuramente ampliar seu repertório adicionando mais nomes do rock brasileiro da década de 70 além dos Mutantes.